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Lei de Execução Fiscal: Fundamentos e Aplicação

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A Lei nº 6.830/1980, conhecida como Lei de Execução Fiscal (LEF), é o instrumento legal que permite ao poder público cobrar judicialmente dívidas tributárias e não tributárias inscritas em dívida ativa.

Ela é amplamente aplicada por União, Estados e Municípios quando empresas ou pessoas físicas deixam de pagar impostos, taxas ou contribuições dentro do prazo legal.

Neste artigo, vamos explicar os fundamentos, o funcionamento e os impactos práticos da execução fiscal para as empresas.


📚 O que é a Lei de Execução Fiscal?

A LEF regula o processo judicial utilizado pela Fazenda Pública para cobrar valores devidos ao erário. É por meio dela que se dá início à chamada execução fiscal, uma ação movida pela Procuradoria da Fazenda quando o contribuinte não regulariza os débitos inscritos em dívida ativa.


🏛️ Quando ela é aplicada?

A Lei de Execução Fiscal é usada quando:

  1. A empresa ou contribuinte possui débitos vencidos com a administração pública;
  2. O débito foi inscrito em dívida ativa (com ou sem recurso administrativo);
  3. O contribuinte não quitou nem negociou a dívida espontaneamente.

⚙️ Como funciona a execução fiscal?

Veja o passo a passo:

  1. Inscrição em dívida ativa: a dívida é formalmente registrada pela Fazenda Pública.
  2. Protesto ou cobrança administrativa: é comum que antes da ação judicial, haja tentativa de cobrança via carta, e-mail ou protesto em cartório.
  3. Ação judicial (execução fiscal): a Procuradoria ajuíza o processo com base na Certidão de Dívida Ativa (CDA).
  4. Citação do devedor: o contribuinte é citado e tem 5 dias úteis para pagar ou garantir a dívida (via penhora, seguro garantia, fiança bancária etc.).
  5. Penhora de bens e valores: se não houver pagamento ou defesa, o juiz autoriza a penhora online (via BacenJud), de imóveis, veículos ou outros bens.
  6. Leilão ou alienação judicial: em último caso, os bens penhorados podem ser leiloados para quitação da dívida.

⚠️ Riscos e impactos para a empresa

  • Bloqueio de contas bancárias e bens
  • Restrição de crédito e negativação do CNPJ
  • Impossibilidade de emissão de certidões negativas (CND)
  • Impedimento de participação em licitações
  • Aumento da dívida com juros, multas e honorários

Além disso, o processo pode afetar o nome dos sócios se houver responsabilização por infração à lei ou confusão patrimonial.


💡 Como evitar ou resolver uma execução fiscal?

Regularize débitos o quanto antes: negocie parcelamentos antes da inscrição em dívida ativa.
Monitore sua situação fiscal com frequência, especialmente junto à Receita Federal e à Sefaz estadual.
Utilize programas de transação tributária: o governo tem oferecido opções de parcelamento com descontos em juros e multas.
Conte com assessoria contábil e jurídica para avaliar a melhor estratégia antes da judicialização.


✅ Conclusão

A Lei de Execução Fiscal é uma ferramenta poderosa do Estado para cobrar dívidas, e seu uso tem se intensificado nos últimos anos. Por isso, é fundamental que empresas mantenham seus tributos em dia e busquem apoio especializado em caso de dificuldades financeiras.


Na Silva’s Contabilidade, acompanhamos nossos clientes com foco em prevenção de passivos fiscais e orientamos sobre negociações tributárias e regularizações. Se sua empresa recebeu uma notificação de dívida ativa ou está enfrentando execução fiscal, fale com a gente!

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