A Reforma Tributária, aprovada por meio da Emenda Constitucional nº 132/2023, está transformando profundamente o sistema de impostos no Brasil. E embora o Simples Nacional tenha sido preservado como regime especial, muitos empresários ainda se perguntam: o que vai mudar na prática para os pequenos negócios?
Neste artigo, explicamos os principais pontos da reforma e como eles afetam — ou podem vir a afetar — quem é optante pelo Simples Nacional.
✅ O que é o Simples Nacional?
O Simples Nacional é um regime tributário simplificado voltado para microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP). Ele unifica tributos federais, estaduais e municipais, com alíquotas menores e menos burocracia.
🏛️ O que diz a Reforma Tributária sobre o Simples?
A nova Reforma cria dois tributos principais para substituir os atuais impostos:
- CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços): substitui PIS, Cofins e IPI.
- IBS (Imposto sobre Bens e Serviços): substitui ICMS e ISS.
Na regra aprovada, o Simples Nacional continuará existindo, mas com novas opções de recolhimento para CBS e IBS. Ou seja, as empresas poderão:
✅ Permanecer no Simples com alíquotas unificadas (como é hoje);
🔄 Ou optar por recolher o CBS e IBS fora do Simples, o que pode ser vantajoso em determinados casos (como empresas que acumulam muitos créditos tributários).
⚠️ O que pode mudar para o Simples?
- Aproveitamento de créditos tributários
Empresas que optarem por recolher a CBS/IBS fora do Simples poderão se beneficiar do crédito não cumulativo, o que hoje não é possível no regime. - Setores com regimes específicos
Serviços, construção civil e comércio devem acompanhar se haverá exclusões ou alterações nas faixas do Simples ou nas alíquotas. - Fator econômico na decisão
Em alguns segmentos, pode ser mais vantajoso sair do Simples e aderir a outro regime que permita mais créditos e compensações tributárias. - Transição até 2032
A transição entre os modelos será feita gradualmente, com período de teste e adaptação entre 2026 e 2032.
🧮 Vai valer a pena continuar no Simples?
A resposta é: depende do seu ramo e faturamento.
Com a possibilidade de recolher apenas parte dos tributos pelo novo modelo, empresas precisarão fazer um planejamento tributário detalhado, avaliando:
- Se geram ou não créditos de impostos;
- Qual o impacto no custo final dos seus produtos ou serviços;
- Se o regime simplificado continua mais vantajoso em termos financeiros e operacionais.
📌 O que as empresas devem fazer agora?
- Acompanhar a regulamentação da reforma (prevista até o fim de 2025);
- Avaliar com a contabilidade os impactos no seu segmento;
- Evitar decisões precipitadas — o regime do Simples ainda é válido e vantajoso para muitas empresas.
✅ Conclusão
A Reforma Tributária trouxe mudanças históricas, mas o Simples Nacional não deixará de existir. O que muda é a possibilidade de escolha e o surgimento de novas estratégias tributárias para pequenos negócios.
Na Silva’s Contabilidade, acompanhamos cada passo da reforma e ajudamos nossos clientes a tomar decisões seguras e vantajosas. Quer saber o que será melhor para sua empresa? Fale conosco e agende uma análise tributária personalizada!